A atração de investimentos no segmento de turismo não depende apenas de o País apresentar recursos e belezas naturais, mas de infra-estrutura adequada. A avaliação é do sociólogo John Kester, chefe de Tendências de Mercado, Competitividade e Comércio na Seção de Serviços da Organização Mundial do Turismo (OMT).
Ele avalia que é de extrema importância o desenvolvimento do estudo de competitividade dos 65 destinos indutores que o Ministério do Turismo está realizando em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O técnico disse que a realização desse trabalho, evidenciando e valorizando as diferenças regionais, é fundamental para desenvolver a competitividade do mercado turístico do País. Na Ásia, observou Kester, a atividade turística foi impulsionada pelo turismo intra-regional. “O Brasil e a América Latina ainda não conseguiram desenvolver isso na região”, afirmou.
De acordo com ranking de competitividade turística, elaborado pela organização, o Brasil ocupa a 49º colocação, dentre 200 destinos em todo o mundo. O Brasil precisa transformar vantagens comparativas em vantagens competitivas, observa Kester, que esteve hoje no segundo dia do Salão de Turismo, em São Paulo, para a palestra “As perspectivas do turismo no mundo e nas Américas e a matriz de competitividade do turismo do Fórum Econômico Mundial”.
De acordo com o ranking da OMT, a Suíça ocupa a primeira colocação, e a França, ficou em 10º posição. Ele não detalhou os indicadores, mas especificou que nenhum destino recebeu pontos positivos em todos os itens. A Suíça, exemplificou, recebeu pontuação negativa em preço de acomodação, puxado pelo alto custo de mão-de-obra. “O importante é tentar melhorar o mais rápido possível em relação aos seus competidores”, disse.
