quarta-feira, 4 de junho de 2008
Líderes da Aviação Mundial emitem ¨Declaração Histórica
No âmbito da 64ª Reunião Geral Anual e Cimeira Mundial do Transporte Aéreo da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) que decorre em Istambul, foi emitida uma “Declaração Histórica”, assim mesmo considerada pela própria IATA, em comunicado ontem distribuído. O apelo aos Governos é apenas um dos itens da declaração aprovada.Nesta Declaração considerada “histórica”, os líderes das companhias aéreas mundiais, de forma unânime, apelam aos Governos para assumirem as suas responsabilidades, e aos responsáveis das infra-estruturas aeroportuárias e trabalhadores para que tomem medidas imediatas que permitam a sobrevivência da industria da aviação, actualmente a atravessar uma crescente crise financeira.Entre as medidas específicas preconizadas está a eliminação, por parte dos Governos, de “regras arcaicas que impedem as companhias de se reestruturarem de forma transfronteiriça”, bem como a abstenção, também por parte das entidades governativas, de “impor taxas punitivas adicionais e outras medidas que somente aprofundarão a crise”.Aos responsáveis das infra-estruturas aeroportuárias, a Declaração aponta um único caminho: o investimento “urgente” na modernização dessas infra-estruturas, de forma a que sejam eliminados “desperdícios em consumos de combustível e emissões”.Eficiência por parte dos fornecedores de serviços às companhias aéreas e maior transparência dos mercados “garantindo que o custo da energia reflicta o seu real valor”, são outras das medidas preconizadas pelos líderes da aviação mundial.Na base da Declaração emitida está a escalada do preço do petróleo que levou já a IATA a rever em baixa as perspectivas para este ano, passando dos lucros previstos em Março, para prejuízos de milhares de milhões de euros. Uma crise que já levou a que mais de 20 companhias aéreas a cessarem a sua operação.“Situações extraordinárias exigem medidas extraordinárias. As companhias aéreas são um motor da prosperidade a nível global e as suas quebras de actividade vão produzir ondas de choque que se propagarão através da economia mundial”, afirma Fernando Pinto, presidente da IATA e CEO da TAP, citado em comunicado emitido pela TAP.F.R.
