Segundo a Organização Mundial do Turismo, essa atividade cresceu 6% entre 2006 e 2007, medida pelo número de desembarques internacionais de passageiros - 898 milhões, no ano passado. A América do Sul foi o destino de 2,2% dos turistas do mundo todo; e o Brasil, de 0,6%. As maiores empresas locais acreditam que 2007 foi um bom ano e 2008 será melhor, segundo a IV Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo da FGV.
A posição do País no mercado mundial de turismo continua, no entanto, insatisfatória. Com a 5ª maior área do Planeta, 7,3 mil km de costa marítima e incontáveis belezas naturais, estima-se o peso do turismo no Brasil em apenas 2,8% do PIB. E, no momento, com o dólar desvalorizado, o turismo tornou-se mais caro para os visitantes estrangeiros.
A pesquisa da FGV mostra a expansão contínua, desde 2004, das 92 maiores empresas de turismo do País, que empregam 90 mil pessoas e faturaram, em 2007, R$ 34,1 bilhões, 14,8% a mais do que em 2006. E não foi o mercado internacional, mas o interno o grande responsável pela expansão.
O número de viagens domésticas, medido pelos desembarques nacionais, aumentou 7,89% em relação a 2006, chegando a 50 milhões de passageiros, enquanto os desembarques internacionais cresceram apenas 1,22%, correspondendo a 6,4 milhões de passageiros.
As dificuldades com o câmbio e a crise aérea não afetaram todas as empresas do mesmo modo. As operadoras que trabalham com a recepção ao turista estrangeiro tiveram de cortar custos e vagas para se adaptar, mas as locadoras de automóveis e as operadoras de turismo empregaram mais pessoal e cresceram mais que o PIB.
Além disso, segundo o coordenador do Núcleo de Turismo da FGV, Luiz Gustavo Barbosa, os resultados do ano passado devem ser considerados muito bons, dado que em 2006 (base da comparação) o faturamento tinha sido alto e tinha crescido bastante (29,3%).
O aumento da renda e do emprego estimulou muito o setor, cujo pessoal empregado cresceu 23,5% em 2007. Com mais pessoal, os custos das operadoras e locadoras cresceram 7%. Agora, dado o aumento da demanda, as companhias aéreas pretendem aumentar em 15,3%, em média, os preços das passagens, após a queda real de 10,2% em 2007.
Os maiores obstáculos à expansão do setor são da área pública: aeroportos e segurança.
Fonte: Estadão
