Com a alta demanda para imóveis por parte dos investidores estrangeiros, o mercado imobiliário do Nordeste tem sido foco dos investimentos da Itacaré Capital Partners, gestora do Itacaré Capital Investments, listado na London Stock Exchange.
Com um fundo de US$ 90 milhões, sendo aproximadamente 60% já comprometidos, a gestora já investiu em quatro projetos no Brasil: Warapuru Fase II, localizado em Itacaré, no sul da Bahia, no qual serão aplicados cerca de US$ 12 milhões; Duas Barras, em Coruripe, litoral sul de Alagoas, para o qual serão destinados US$ 8,2 milhões e Três Praias, em Guarapari, no Espírito Santo, com US$ 16,5 milhões. O último investimento anunciado foi no Bahia Beach Trancoso, em Trancoso, com aporte de US$ 16 milhões. "O foco da Itacaré está voltado para resorts residenciais na costa brasileira ligados à rede hoteleira de padrão seis estrelas, para estrangeiros", diz Pedro Miranda, sócio-diretor da gestora.
De acordo com Miranda, a gestora está avaliando cerca de dez projetos concentrados, principalmente, no Nordeste. Além da paisagem única, ele destaca que os custos do desenvolvimento dos projetos são competitivos em relação a outros destinos, como o sudeste da Ásia, América Central e Caribe, que podem ser até dez vezes mais elevados do que no Brasil. "Com um risco de médio a baixo, temos objetivo oferecer aos investidores de nossos fundos uma rentabilidade acima de 25% ao ano em dólar", diz
Miranda afirma que a gestora está estudando ampliar a área de atuação e ressalta que a situação do mercado de private equity no Brasil nunca foi tão favorável. Entretanto, ele destaca que a concorrência nesse mercado tem aumentado, gerando um desequilíbrio entre o número de negócios e a quantidade de recursos disponíveis para investimentos. "Há muito dinheiro focado no Brasil e o que vai diferenciar os gestores de private equity será a capacidade de aplicar o dinheiro em bons negócios no País", diz.
Além disso, segundo Miranda, momentos de incerteza têm facilitado a captação para fundos com gestores ativos. Entretanto, a escassez de crédito no mercado com aumento da aversão a risco está dificultando a realização de aquisições alavancadas. "Há vários fundos de private equity que continuam captando recursos com sucesso", afirma Miranda
Fonte: Andima
